segunda-feira, 30 de junho de 2014

BETANZOS-SANTIAGO DE COMPOSTELA

Aqui vai o relato da ultima etapa da aventura mano a mano.


Quando saímos para a primeira etapa estava um pouco nervoso, nunca tinha feito uma aventura como esta, tantos dias a pedalar e ainda por cima de alforges, estava com medo que alguma coisa corresse mal, uma avaria, algum de nos que se aleija-se numa queda ou coisa parecida.

Mas com este ultimo dia e as coisas a correr muito bem já estava a ficar a saudade de mais aventuras iguais a esta ou parecidas, nuca tinha andado com alforges e tinha medo de não me adaptar.


Mas uns km feitos e a coisa até era fixe, lá cambaleava um pouco mas com os km a coisa até se tornou engraçada.

Em alguns sítios mais estreitos é que foi pior, não me lembrava que as malas saiam um pouco para os lados e de vez enquanto lá estavam a bater em alguma coisa, para a próxima tenho que lhe por uns sensores ehehhehehe.


Não era muito adepto dos alforges mas fiquei fã, venham mais voltinhas destas que lá vou eu com as malinhas de lado na bike...

Para o ultimo dia da aventura tínhamos para a ementa os últimos 75 km de Betanzos até Santiago de Compostela, um terreno um pouco irregular, com muito sobe e desce.


Levantamo-nos cedo arrumamos a bagagem, descemos até ás bikes que tinham ficado agarradinhas uma á outra na entrada do alberge, penduramos os alforges no seu devido lugar oleamos as correntes e toca a seguir caminho.


Para começar tínhamos que tomar o pequeno almoço, paramos num café no meio da vila para comer umas belas tostadas com a bela mantequilla e docinho de morango, e o cafézinho com leite.


Logo para aquecer seguimos por uma boa subida até O Rombo, Meangos, Auga, Axilda e paramos ao pé da Igexa de Leiro perto de Abegondo.


Tiramos umas fotos e continuamos as nossas pedaladas, passamos Vilardel e Vilacova e Capela de San Pelayo, um pouco mais á frente a partir da Capele de Santo Tomás de Vilacova veio a dificuldade do dia, uma subida daqueles que nem dá para olhar para o lado, com umas belas curvas e com uma grande inclinação.

Acho que aquela subida foi um teste psicológico para testar as nossa mente, porque depois de tantos km uma subida daquelas era dose, mas como a malta é dura de roer não havia dificuldade que nos mete-se medo.


Numa pedalada certinha lá fomos seguindo, quando lá chegamos ao cimo foi com um grande sorriso que dissemos venha outra que esta já foi ehehehehehe.


Depois da boa subida seguimos agora mais rolante, passamos Vizoño, ARibela, e no Alberge do Hospital de Bruma paramos para atestar os bidons de água fresca, o albergue ainda se encontrava fechado, não se via vivalma.


Bidons atestados era hora de seguir, sempre por umas estradinhas rurais passamos Seixo, Cabeza de Lobo e O Castro, na aldeia de Malla encontramos um estranho monumento, dois Tratores pendurados e umas esculturas feitas de pedra, até está engraçado.


Depois de uns clics fotográficos continuamos pela A Carreira, As Mámoas, sempre com olho bem aberto a ver se víamos algum café para comer alguma coisa é que a barriga já estava a dar sinal, passamos Carballeira e em A Rúa encontramos um café que veio mesmo a calhar.


Sentamos-nos pedimos uns Bocadillos de Totilha Francesa que estavam uma delicia, acompanhadas de umas cañas, foi um excelente petisco.

Depois de uma cafézinho e dois dedos de conversa com o dono do café lá fomos nós para os derradeiros km.
Passamos por Vilariño,  O Outeiro, Blanca, Lavandeira de Riba, a Senra, A Calle, Lamela, Baxoia, depois de umas boas rectas chegamos a Sigueiro, uma vila bem engraçada, passamos ao lado da Iglesia de A Baciela, deve de ser a padroeira lá da terra.

Com os km a passar o nosso destino cada vez estava mais perto, passamos Agualada, O Barral, e chagamos ao enorme Poligono del Trambe, uma Zona Industrial que mais perece uma cidade.

Depois da Zona Industrial as marcações não estão grande coisa se não fosse o GPS não dávamos com o caminho, e com a bela cidade de Santiago á vista lá fomos a pedalar com uma enorme vontade de chegar.
Entramos na cidade pelo Parque Pablo Iglesias, antes de chegar á Parça do Obradoiro ainda paramos ao pé do monumento ao Francisco Assis, fotos tiradas e mais uns metros entramos na Praza del Obradoiro.

Entra naquela praça foi uma grande emoção, e depois de cinco dias de aventura pelos Caminhos de Finisterra, Cabo Muxia, Costa da Morte, Cidade da Coruña e Caminho Inglês as emoções ainda eram maiores.

Foram cinco dias perto de 500 km, milhares de imagens guardadas, trilhos que vão ficar na memória por muitos anos, foi BRUTAL, obrigado mano pela companhia e temos que fazer mais aventuras como esta.


Depois das habituais fotos fomos carimbar a credencial, com o carimbo já descarregado fomos ver de um sitio para comer alguma coisa.

Com a barriga composta fomos ás compras, comprar um regalo para as marias, uma tarte de Santiago para lhe adoçar a boca eheheheheh.

Compras feitas seguimos para o local onde tínhamos deixado o carro, a senhora simpática que nos deixou ficar o carro dentro do parque do Hotel tb nos deixou ir tomar um banho sem termos nada marcado, se voltar a Santiago já sei onde ficar.
Banhinho tomado, bikes arrumadas era hora de fazer uns belos km até casa, mas sem antes parar em Chaves para comer uma bela posta de Bacalhau no Restaurante da Ti Julia, acompanhado de um belo tintinho.

Barriguinha cheia fizemo-nos ao caminho, passei por Castelo branco para deixar o meu irmão e regressei a casa satisfeito depois de cinco dias de aventura por trilhos do melhor.
Venham mais aventuras destas, fiquei fã.


E assim foi mais uma aventura com o lema de sempre PEDALAR PARA DESCONTRAIR.



domingo, 29 de junho de 2014

UMA IDA Á SERRA DO VISEU

Este domingo juntei-me ao Mário Manso para ir dar umas pedaladas, desta vez de roda grossa, tb sabe bem de vez em quando mudar de roda, muitos gostam de roda fina outros de roda grossa eu cá sou bom de boca, gosto das duas não sou esquisito, desde que tenha duas rodas e dois pedais é o que chega.

O Mário gosta muito de dormir, por isso hoje fui um pouco mais tarde do que o habitual para mim, saímos por volta das 8 horas, acho um desperdício de tempo estar a dormir com um tempo destes, um solinho bem bonito.

Saímos da Mougueira e descemos até á Sertã, desta vez não parei para beber o cafézinho, era para tomar um pouco mais á frente.

Passamos a vila e subimos ao Mercado, descemos depois para a Ponte das Vinhas, a seguir á ponte era subir até á Zona Industrial, lá fomos indo sempre numa pedalada calma, continuamos para o Alto da Carreira onde entramos num single até Carnapete.

Passamos Carnapete e seguimos por mais um belo single até á Quinta Nova, continuamos e fomos até ao Casal D`Ordem, aqui pedalamos um bocado ao lado do IC 8, passamos por baixo do mesmo e fomos ter ao Vale da Uchas.

Mais uns trilhos e fomos até aos Verdelhos, aqui mais uma subida e mais um single até ao Vale da Mó, a partir daqui é que vinha o pior, uma subida daquelas que dá para suar até ao alto da Serra do Viseu.

Subimos um pouco e a certa altura temos duas alternativas, uma subida mais longa mas mais ligeira ou outra curta mas com uma boa inclinação, o Mário queria ir pela mais longa mas com um pouco de conversa lá o convenci a ir pela mais dura.


Uma subida com muita pedra solta e um pouco difícil, lá fomos indo nem podíamos falar se não estragávamos tudo, mais um esforço e lá chegamos ao cimo.


Foi duro subir mas quando se chega ao alto tem-se a recompensa, umas fantásticas paisagens, paramos um pouco para absorver aquela beleza toda.


Já recuperados e com as retinas cheias de belas paisagens continuamos, entretanto o Filipe ligou a dizer que estava na Herdade, foi a boa velocidade que fomos pela serra abaixo ao encontro dele.
Paramos no Café da Herdade e lá estava ele sentadinho ao balcão a tomar o café, juntamo-nos a ele bebemos o café e comemos um empada que depois do esforço da subida soube mesmo bem.


Depois de um bocadinho bem passado seguimos e passamos por uns singles até á Passaria e Malpica, seguimos um pouco por alcatrão até ao Casal Maio, passamos por baixo do IC8 passamos o Salgueiral e fomos ter á Tapada.


Mais um sobe e desce chegamos ao Cabeçudo, ali andamos a descobrir mais uns singles daqueles que vão para as hortas, alguns com saída outros sem saída, descemos para os Faleiros e Gravito.



Antes de chegar ao Outeiro da Lagoa passamos na horta de uns conhecidos, paramos para beber um vinho do porto que caiu mesmo bem, com a boca mais docinha seguimos até ao Outeiro da Lagoa e Olival, descemos por um caminho bem catita até perto da Fonte Branca.

Entramos no alcatrão até á Sertã, fizemos mais uma paragem no café da Carvalha para beber uma bebida fresca, é que o calor já estava a apertar.
Depois do motor mais fresquinho era hora de seguir, despedimo-nos do Filipe e subimos mais um pouco até á Mougueira onde chegamos com mais uma bela voltinha.


E assim foi mais uma voltinha com o lema PEDALAR PARA DESCONTRAIR.


terça-feira, 24 de junho de 2014

PLAYA DE CIRRO-BETANZOS

Neste quarto dia da aventura já nos livramos da chuva, os dias anteriores tinham sido molhados, mas tb não pode chover sempre.


Depois de uma noite bem dormida, arrumamos a trouxa nos alforges, carregamos as burras e lá seguimos para o quarto dia da aventura mano a mano, no parque de campismo não havia café por isso tivemos que ir ver de uma sitio para comer alguma coisa.


Para começar apanhamos uma boa subida para aquecer, fomos até Souto, onde seguimos um bocado por alcatrão, passamos Fontá e descemos até á Villa de Sada, fomos até ao multibanco para levantar dinheiro e abancamos na Confeitaria Venezuela para tomar o pequeno almoço.


Comemos uns belos croissants ainda quentinhos que estavam uma delicia, já com a barriga mais composta continuamos a nossa etapa, passamos na praia de Sada e na praia de Gandarío, num sobe e desce constante chegamos a Pedrido, passamos a ponte que passa por cima da Ria de Betanzos e fomos até Insua.


Mais á frente em Ponte do Porco passamos a ponte que passa por cima do Rio Lambre, continuamos por um trilho ao lado da Playa da Ponte do Porco e fomos ter a Miño.
Fomos pedalando sempre á beira mar e passamos Rio de Bañobre, Playa de Prebes, Boebre, Ventosa, Vizús, Caldagueiro e chegamos a Pontedeume.


Passamos o Rio Eume para o outro lado e continuamos por Cabanas, Magdalena, um pouco mais á frente tivemos que subir uma pequena subida em cimento daquelas mesmo inclinadas até perto de O Chao da Aldea.

Aqui já íamos a seguir o caminho Inglês até Ferrol onde iríamos á procura do marco onde começa o caminho Inglês.

Sempre descontraidos lá fomos pedalando e passando Val, Chamoso, Foxas, Fene, passamos a Ria de Ferrol em Sam Valentim, depois de passar a Ponte de Pias entramos em Ferrol.

Passamos ao lado da Playa de Caranza e fomos até ao posto de turismo para carimbar a Credencial.

Já com o carimbo fomos á procura do marco onde começa o Caminho Inglês, depois da umas voltinhas lá encontramos o bem dito marco.

Tiramos a foto para mais tarde recordar, como estava  na hora do almoço fomos procurar um restaurante para comer alguma coisa, encontramos um que tinha um placar com uma foto de massas, depois de muito escolher decidimos escolher o belo do Raxo, a comida de eleição da nossa aventura.


Um belo prato de Raxo e umas belas cañas fresquinhas caíram que nem ginjas, quando fomos para pagar o pinante do dono do restaurante tinha aumentado a conta, o meu irmão não tinha ido muito com a pinta do gajo e quando fomos conferir a conta ele tinha metido mais duas cañas, fomos ter com ele e lá nos devolveu o dinheiro que tinha metido a mais, achou-nos com pinta de camones eheheheheh.
Com as energias repostas continuamos e seguimos por uma bonita avenida pelo meio de Ferrol, passamos novamente a Playa de Caranza, seguimos um pouco ao lado da linha do comboio e quando passamos por baixo da linha numa pequena subida parti a corrente da bike.

A primeira e unica avaria em toda a aventura foi uma corrente partida, depressa se resolveu o problema, já com a avaria resolvida seguimos por Gandara e um belo passeio sempre a contornar a Ria de Ferrol.


Chegamos a Neda e continuamos por um belo passadiço em madeira, muito fixe, de Fene até Pontedume fizemos o mesmo trajeto, antes de Pontedeume em Cabanas paramos para beber uma caña, é que o calor já estava a apertar.

Já mais refrescados lá seguimos, passamos Pontedeume e depois da ponte olhamos em frente e pelo meio da vila tínhamos uma subida daquelas mesmo boas, ali tivemos que sura um bocadinho.

Já no alto e com a subida esfolada seguimos por uns caminhos rurais bem castiços, passamos por um belo campo de golfe, e uns trilhos pelo meio da floresta.


Continuamos por A Ponte Baxoi, e novamente Miño e Ponte do Porco, seguimos um pouco ao lado do Rio Lambre e subimos até perto de Lambre.

Com mais umas boas subidas e umas boas subidas chegamos a Betanzos onde planeamos pernoitar, vimos a placa do Albergue Casa da Pescaderia, fomos lá e como ainda tínhamos vaga decidimos ficar por ali.

Papelada tratada arrumamos as bikes pegamos nos alforges e fomos até á camarata, tivemos sorte porque estávamos sozinhos, tínhamos uma camarata só para nos.

Fomos tomar um banho e entretanto chagaram mais uns peregrinos que tb iam ficar por ali, eram três senhoras portuguesas, já tínhamos companhia eheheheheh.

Com o banhinho tomado era hora de ir jantar e não podíamos demorar muito é que o albergue fechava ás 10 da noite, se não chegasse-mos  até ás 10 dormíamos na rua, por isso toca a despachar.
Fomos pela vila á procura de um restaurante e num cantinho encontramos um bem porreiro, entramos olhamos para a ementa e mais uma vez pedimos Raxo ehehehehe.


Comemos e bebemos bem, o belo Raxo umas cañas e para terminar o dono do restaurante ainda nos ofereceu um queijinho que estava uma delicia, foi um bocadinho bem passado, mas cuidado com as horas se não dormíamos na rua,

Lá regressamos ao albergue para descansar o cabedal para o outro dia que ia ser a ultima etapa até Santiago de Compostela, os últimos 75 km.


E assim foi mais uma etapa da aventura sempre com o lema PEDALAR PARA DESCONTRAIR.