Manhã cedo era hora de arrumar a tralha para seguir o nosso caminho, descemos do hotel e fomos comer uns belos croissants bem fofinhos e ainda quentinhos.
Barriga atestada pernas afinadas toca a pedalar, saímos da vila de Finisterra logo a subir até ao fim da terra como é chamado, muitos dizem que é a ponta mais a ocidente, onde se situa o km 0 dos caminhos de Santiago, muita gente faz a peregrinação até Santiago de Compostela e depois segue para o chamado fim do mundo o Cabo Finisterra.
Chegamos ao Cabo Finisterra e lá fomos nos ver se a bota que lá está nos serva mas tivemos azar é que ela está cheia de cimento, não dá para calçar ehehehehe.
Voltinha dada e fotos tiradas lá seguimos por uma boa subida até á parte mais alta do cabo, para nosso azar começou a chover.
Mais uma vez á que vestir o impermeável, durante a subida ficamos logo encharcados, entramos num sobe e desce até La Insua, e seguimos ao lado da Praia de Fora.
Continuamos sempre debaixo de chuva e passamos Hermedesuxo pelas ruelas da aldeia, mais á frente passamos Castromiñán, Castrexe, A Canosa, Santo Esteve de Lires, Frixe, Guisamonde, Morquinteán, Martineto, Cuño, Lourido, e mais umas pedaladas chegamos ao Cabo Muxia.
A Igreja que ardeu em 2013 por causa de um raio da trovoada ainda está por arranjar, está tapada com um plástico, já parece Portugal e as suas obras.
Com o local visitado seguimos e paramos no café A Marina perto do Porto Marítimo para comer alguma coisa, umas boas entradas um bom Raxo e umas cañas caíram mesmo bem.
Barriguinha atestada era hora de seguir viagem, saímos pela marginal e passamos pela Baiuca, Figueiras de Arriba, Moraime, Os Muiños, Merexo.
Passamos ao lado da Praia do Lago e sempre por alcatrão chegamos a Porto de Cereixo e Ponte do Porto.
Seguimos pela marginal da Ria de Camariñas e passamos a ponte para a outra margem da ria, saímos da Ponte do Porto sempre numa ligeira subida e fomos passando A Allo, Dor, Tasaraño, O Cruceiro, As Carbalas e Camariñas.
Aqui foi o ponto alto do dia, entramos na Ruta Costa da Morte, uns espetaculares singles sempre ao lado do mar até perto do Cabo Vilanno, uma verdadeira maravilha de paisagens e de trilhos, estes vão ficar muitos anos na memória.
Chegamos perto do Cabo Vilanno e aquilo é que foi clicar a digital, se fosse das máquinas antigas tínhamos que ter levado uma mochila cheia de rolos eheheheh.
Parávamos de 5 em 5 metros para clicar a nossas máquinas, lá íamos bem devagar para desfrutar as belas paisagens, passamos tb por um petroleiro de nome Prima que tinha naufragado e se tinha afundado, estava no fundo do mar mas com a fúria das ondas veio ter ás margens e onde está a ser desmantelado.
Continuamos depois até ao Cemitério dos Ingleses, onde foram sepultados 245 vitimas de 8 navios naufragados Ingleses que iam com destino á Serra Leoa no ano de 1890.
Tirada a foto seguimos, logo de seguida tínhamos uma boa subida pela frente, mas calmas lá fomos pedalando e ganhando altitude, lá no alto seguimos por um caminho que mais parecia um carreiro de cabras, cheio de mato e de tojos.
Descemos e antes de chegar a Santa Mariña seguimos por um single daqueles que a malta gosta, mas a certa altura é que veio o pior aquilo mais parecia a serra da labruja, era só pedras, seguimos por Aru e por mais uma boa dose de singles chegamos a Camelle.
Depois de Camelle continuamos por mais uns excelentes singles até Mórdomo, aqui entramos em mais um bocado de uns singles brutais ao lado da Lagoa de Traba, parecíamos uns miúdos a falar sozinhos e com uma felicidade de pedalar por tão belos trilhos.
Pedalamos depois por um belo passadiço em madeira por umas belas centenas de metros, um pouco mais á frente entramos num single de pedra até á Praia do Soesto, mais uns bons metros por um passadiço em madeira ao lado da Praia do Soesto.
Passada a praia subimos até ao alto do Cal do Castro, no alto já se avistava Laxe a vila onde iríamos pernoitar, encontramos o Hostal da Bahia do simpático Manolo, bikes arrumadas, banhinho tomado era hora de ir encher a barriga.
Fomos até ao Café do Manolo comer um belo Bocadillo completo daquele que tem tudo e mais alguma coisa, e umas belas cañas a acompanhar, para terminar um geladinho e um cafézinho.
Já com as energias repostas para o dia seguinte, fomos dar um passeio pela marginal e fomos em direcção do Hostal, recolhemos ao quarto para descansar o esqueleto para o dia seguinte.
E assim foi mais um dia de fantásticas pedaladas com o lema de sempre PEDALAR PARA DESCONTRAIR.
Simplesmente DELICIOSO! São as sensações que me invadem ao ler esta reportagem, o texto e as fotos, sobre a extraordinária e maravilhosa aventura dos Manos Cabaço!
ResponderEliminarGrande Abraço
Silvério
Aqui também apanharam muita pedra... mas muito bom o percurso, o relato e as fotos...
ResponderEliminarJGM