terça-feira, 16 de junho de 2015

GR 113-PERALEJO DE LAS TRUCHAS-HUERTAPELAYO

Segundo dia de aventura, este segundo dia foi o mais caricato, com uma história engraçada no final do dia.


Começava-mos bem cedo para o dia ser mais proveitoso, com as malinhas nos seus devidos lugares na bike lá fomos para mais um dia de aventura.


Saímos do Hostal del Tajo cedinho, passamos pela Plaza Mayor para atestar os bidons na fonte, águinha cheia e lá fomos nós, seguimos uns metros pelo alcatrão para logo de seguida entrar no primeiro single do dia.

Foi um single curto mas bem catita, passamos ao lado do Camping la Serradora, um parque mesmo nas margens do Rio Tejo, seguimos as marcações mas o trilho estava todo fechado com mato, tivemos que volta a trás.

Seguimos um pouco por alcatrão, passar ali naquela estrada é um espetáculo com a grande rocha chamada El Escalerón com uma altura que mete algum respeito, uma vista brutal..

Mais umas pedaladas e chegamos á Ponte Martinete, demos uma olhadela em cima da ponte, tiramos umas fotos e toca a seguir.

Entramos num caminho sempre a contornar o Rio, paramos mais á frente num miradouro onde se tem uma vista espetacular sobre o Barranco del Horcajo, umas rochas com uma altura maluca, uma paisagem que vai ficar na memória por muito tempo.

Tiramos uns clics e continuamos, passamos num sitio que dizem que o rio desaparece por baixo de uma rocha e aparece um pouco mais á frente, passa subterrâneo.


Ali a cor da água é clarinha um verdinho que até dá gosto ver, lá fomos nas curvinha dos Meandros do Rio Tajo até á Laguna de Traravilla, paramos no parque mesmo ao lado da lagoa, ali comemos dois bolinhos e bebemos um sumo que nos tinham dado no Hostal del Tajo.


Ali estivemos um pouco a comer e a ver os peixinhos na lagoa, os peixes pareciam um enxame, quando se ditava alguma coisa á água vinha tudo ao molho.


Com a barriga mais composta lá fomos para a Puente Colgante, uma  ponte de madeira suspensa, ao passar de bike nem se nota muito a abanar mas ao passar a pé ela mexe bem.


Um sitio com uma beleza única, a água com umas cores que dava vontade de ficar ali um dia inteiro, mas depois de umas fotos continuamos e entramos num belo single até Salto de Poveda.
Aqui existem umas casas de Turismo Rural, paramos no café para tomar o cafézinho da ordem, um cantinho bem agradável muito sossegado e recatado, para ali chegar tem que se andar uns bons kms em terra batida.

Cafézinho tomado e continuamos sempre por um estradão ao lado do rio, passamos vários parques abandonados mesmo nas margens do Rio Tajo.


Estava a ser um dia bem fixe, paisagens para guardar na memória, paramos depois perto da Puente de Peñalen, uma ponte por onde se passava antigamente.

Tiramos mais umas fotos e continuamos, passamos o Refugio de La Fuente de Tobas, Aguja Cerro del Pie Gordo, uma rocha que mais parece uma agulha bem afiadinha.


Passamos tb pelo Campamento de Fuente de Teja, Fuente la Parra, Vado del Salmerón, Fuente la Falaguera, e antes de chegar á La Puente de San Pedro fizemos um desvio para ir até Zaorejas para ir comer alguma coisa.


É muito difícil encontrar sítios para comer, nem cafés nem restaurantes se encontram, muitos estão fechados e só abrem ao fim de semana, para chegar a Zaorejas tem uma subida do caneco, chegamos lá ainda com mais fome.
Entramos em Zaorejas e demos logo de caras com um bar, Hostal Hons Martinez, um bar e um Hostal, abancamos na esplanada pedimos uns Bocadillos e umas cañas, estávamos cheios de sede e de fome.


Por ali nos entretemos um bom bocado a comer e a beber, nem tínhamos vontade de sair dali, estava ali fresquinho e com bebida e comida era do melhor mas tínhamos que seguir caminho.


Atestamos os bidons e lá fomos, descemos pelo mesmo caminho até La Puente de Sam Pedro, já por lá havia muita gente nos banhos, estava um calor do caneco, a água estava mesmo convidativa, mas tinha a barriga cheia não podia ser.

Tiramos umas fotos e seguimos, para não variar era a subir até Villar de Cobeta, e uma subida daquelas, muito longa e com calor foi a doer, na subida tínhamos visto uma placa que dizia BAR, ficamos todos contentes, chegar lá e beber alguma coisa fresca era um espectáculo.


Lá chegamos a Villar de Cobeta e encontramos uma fonte, enchemos os bidons e fomos até ao dito bar.


Para nosso espanto encontramos uma casa e uma carro cheios de grafites, um radio pendurado na latada  das videiras aos berros com uma novela mexicana, aquilo era gritos e tiros, pensamos vamos mas é embora que isto não tem bom aspecto, é que foi pedalar dali pra fora eheheheheeh.

Continuamos e foi uma galhofa pelo caminho, fomos até Buenafuente de Sistal, encontramos uma pequena aldeia com o Monasterio de Buenafuente de Sital, mesmo bonito.


Tiramos umas fotos e tornamos a atestar água, saímos da aldeia por um belo single por baixo de umas belas árvores, no alto continuamos por uma descida bem inclinada e com muita pedra solta, chegamos ao fim com uma boa dor de braços.


No fundo encontramos uma placa de dizia Ermita de la Vigem de los Santos, fomos dar uma vista de olhos e mais um belo monumento escondido no meio do nada, ali á volta não há nada só floresta.


Agora é que vinha o pior, uma subida com terra solta e toda ripada das lagartas da máquina, foram cerca de 3 kms sempre a tremer, nas calmas lá fomos ganhando altitude, não foi pêra doce mas nós gostamos de dificuldades, e isso foi o que não faltou neste dia.



Já no alto seguimos um pouco por estradão, um pouco mais á frente a placa indicava-nos para mais um single, e nós não dizemos não a um divertimento por uma encosta abaixo, os primeiros metros foi uma maravilha mas depois demos de cara com uma coisa que mais parecia uma vale cheia de pedra.
Em algumas partes foi descer calhaus até mais não, uma coisa doida, mas já nos riamos do que apanhávamos pelo caminho, era para dureza, entretanto lá chegamos a uma ponte com o nome de Ponte de Taguenza.

Aquele sitio onde o Rio Tajo passa num vale profundo no meio de umas rochas, um espectáculo, ali andamos a ver a beleza ao redor, e tiramos algumas fotos,quando olhamos para o outro lado da ponte vimos um single que começava logo a subir, dissemos logo, estamos bem lixados.

Pegamos nas bikes e lá fomos, apanhamos uma subida em single cheio de pedra que nem vos digo nada, mas duros como somos lá galgamos aquela  calhoada toda até ao alto onde há um miradouro, encostamos as bikes e regalamos as vistas com as magnificas paisagens.



Ali descansamos um pouco enquanto comíamos uma barrita energética, o dia já estava a terminar e tínhamos que arranjar onde pernoitar, mais á frente encontramos umas placas, á direita dizia á volta de 25 km até á próxima terra á esquerda 1.8 km até Huertapelayo, optamos por ir á esquerda e foi o mais acertado.


Descemos até á aldeia de Huertapelayo, entramos na aldeia e fomos logo falar com um senhor, perguntamos se havia onde dormir, ele logo nos indicou onde, fomos falar com a pessoa e aceitamos ficar, o pior era para jantar, mas lá negociamos com o casal de velhotes e a senhora fez-nos o jantar e fomos jantar a casa deles.

É coisas como esta que apanhamos nestas aventuras que ficam na memória para sempre, fomos tomar um banhinho lavar a roupinha e fomos até á casa do Sro Bienvenido e da Dona Célia para jantar, chegamos lá e tínhamos a mesa posta á nossa espera.


 Uma sopinha Castellana, Totilla, chouriçinhos caseiros, cerejas bem grandinhas e uma bombona de vinho caseiro, aquilo é que foi uma festa, que maravilha de jantar e de serão, uma noite que ficará para sempre na memória, fizemos ali uns amigos.

Para completar a coisa, tinha sobrado um resto de Tortilla e de choirçinhos o Sro Bienvenido mandou a Dona Célia fazer uns bocadilhos para comermos no outro dia pelo caminho, só tenho uma coisa a dizer, GRANDES amigos fizemos nesta aventura.


Barriguinha cheia era hora de ir descansar por que o dia seguinte tb não era fácil, mas estava a ser uma aventura daquelas mesmo boas.


E assim se passou mais um dia da aventura mano a mano pelo GR 113 sempre com o lema PEDALAR PARA DESCONTRAIR.

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